Dois militares foram presos em flagrante acusados do crime, em Valadares; um detetive suspeito está foragido
Carro das vítimas ficou cravejado de balas de dois calibres
Em meio a gritos de uma população revoltada, os soldados da Polícia Militar Kevem Messias Costa, de 22 anos, e Silas Saraiva Pereira, de 23, chegaram à Delegacia Regional de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Eles foram presos em flagrante pela morte de dois adolescentes e por balearem outros dois jovens. O crime ocorreu na madrugada de anteontem, depois de um desentendimento em uma festa. O policial civil Wesley Barbosa também é suspeito de participar do crime. Ele está foragido.
De acordo com o delegado regional Ailton Lacerda, o detetive e os dois soldados estavam de folga e participavam de uma festa em uma chácara no bairro Castanheiras. Testemunhas teriam dito à polícia que o soldado Costa se encontrou com um desafeto no evento e teria o intimidado mostrando uma arma. "Pelo que apuramos, ele costumava fazer patrulhamento no bairro Santa Terezinha, onde o rapaz mora, e os dois já se desentenderam. Testemunhas disseram ter visto o policial mostrando ao rival uma arma na cintura", disse.
O rapaz teria ido embora da festa em um Palio prata, na companhia de outros cinco jovens, e o veículo foi perseguido pelos policiais, que estavam em um Gol azul. O soldado Costa, que estava na direção, emparelhou o veículo com o das vítimas e foram disparados pelo menos 20 tiros. Um garoto de 13 anos morreu na hora e outro de 17, atingido na cabeça, morreu na manhã de ontem, no Hospital Regional. Um casal de 20 e 17 anos também foi baleado, mas os dois não correm risco de morrer.
A polícia trabalha agora para descobrir os autores dos disparos. Em boletim de ocorrência, uma testemunha confirma que teria visto o soldado Costa atirando. "Os vidros do carro são escuros, as testemunhas não sabem indicar precisamente quem atirou, mas foram encontradas marcas de mais de um calibre no carro", disse.
O soldado Pereira foi preso ao voltar ao local do crime em uma moto. Ele foi reconhecido por uma testemunha. O delegado acredita que Pereira possa ter retornado à cena para tentar recolher algo que o incriminasse. O colega de corporação dele foi preso em casa, onde a polícia apreendeu ainda uma garrucha, um revólver calibre 38 e uma pistola .40, esta pertencente ao policial civil que está foragido. O delegado informou que pediu a prisão provisória do detetive.
Silêncio
Na delegacia, os soldados preferiram se manter em silêncio. Os motivos do crime ainda serão investigados. "Houve um desentendimento durante a festa, mas parece ter sido por algo banal. Nada que justificasse o crime", afirmou o delegado Ailton Lacerda. O alvo dos policiais não teria sido atingido. Os adolescentes mortos não tinham antecedentes criminais.
De acordo com o delegado regional Ailton Lacerda, o detetive e os dois soldados estavam de folga e participavam de uma festa em uma chácara no bairro Castanheiras. Testemunhas teriam dito à polícia que o soldado Costa se encontrou com um desafeto no evento e teria o intimidado mostrando uma arma. "Pelo que apuramos, ele costumava fazer patrulhamento no bairro Santa Terezinha, onde o rapaz mora, e os dois já se desentenderam. Testemunhas disseram ter visto o policial mostrando ao rival uma arma na cintura", disse.
O rapaz teria ido embora da festa em um Palio prata, na companhia de outros cinco jovens, e o veículo foi perseguido pelos policiais, que estavam em um Gol azul. O soldado Costa, que estava na direção, emparelhou o veículo com o das vítimas e foram disparados pelo menos 20 tiros. Um garoto de 13 anos morreu na hora e outro de 17, atingido na cabeça, morreu na manhã de ontem, no Hospital Regional. Um casal de 20 e 17 anos também foi baleado, mas os dois não correm risco de morrer.
A polícia trabalha agora para descobrir os autores dos disparos. Em boletim de ocorrência, uma testemunha confirma que teria visto o soldado Costa atirando. "Os vidros do carro são escuros, as testemunhas não sabem indicar precisamente quem atirou, mas foram encontradas marcas de mais de um calibre no carro", disse.
O soldado Pereira foi preso ao voltar ao local do crime em uma moto. Ele foi reconhecido por uma testemunha. O delegado acredita que Pereira possa ter retornado à cena para tentar recolher algo que o incriminasse. O colega de corporação dele foi preso em casa, onde a polícia apreendeu ainda uma garrucha, um revólver calibre 38 e uma pistola .40, esta pertencente ao policial civil que está foragido. O delegado informou que pediu a prisão provisória do detetive.
Silêncio
Na delegacia, os soldados preferiram se manter em silêncio. Os motivos do crime ainda serão investigados. "Houve um desentendimento durante a festa, mas parece ter sido por algo banal. Nada que justificasse o crime", afirmou o delegado Ailton Lacerda. O alvo dos policiais não teria sido atingido. Os adolescentes mortos não tinham antecedentes criminais.
Coletiva. Major Wagner participou ontem de entrevista na Delegacia Regional para explicar detalhes das prisões dos PMs
Acusados estão detidos em BH
Os soldados Keven Messias Costa, de 22 anos, e Silas Saraiva Pereira, de 23, presos em Governador Valadares, têm quatro anos de carreira, sendo que Costa já respondia a processo administrativo por suspeita de agir com truculência em uma ocorrência policial. Ambos vão responder por duplo homicídio qualificado e dupla tentativa de homicídio.
De acordo com a Polícia Militar, eles estão detidos em um batalhão da corporação em Belo Horizonte e estão à disposição da Justiça. O caso será apurado pelas corregedorias das polícias Civil e Militar. O detetive Wesley Barbosa, que deve responder pelas mesmas acusações, começou a carreira há dois anos e atuava na Delegacia Regional de Valadares. Ele já havia prestado serviço para a Polícia Civil em Minas Novas. De acordo com o delegado, quando o detetive for preso, ele ficará detido na Casa do Policial Civil, no bairro Horto, região Leste de Belo Horizonte.
O envolvimento do agente de polícia foi descoberto na madrugada de ontem e equipes da Delegacia Regional de Valadares fizeram buscas na casa dele, mas nada foi encontrado. Na residência do soldado Costa, além da pistola de trabalho do policial civil, um revólver e uma garrucha, a polícia encontrou munição das armas escondida no telhado da residência.
Dois ocupantes do carro baleado pelo trio de policiais saíram ilesos do ataque. "O alvo não foi atingido e apuramos que o policial teve divergências com ele no bairro Santa Terezinha, mas todas as circunstâncias da briga ainda estão sob investigação", afirmou o delegado Ailton Lacerda. Os soldados se reservaram no direito de se manifestarem sobre o caso somente em juízo. (KA)
De acordo com a Polícia Militar, eles estão detidos em um batalhão da corporação em Belo Horizonte e estão à disposição da Justiça. O caso será apurado pelas corregedorias das polícias Civil e Militar. O detetive Wesley Barbosa, que deve responder pelas mesmas acusações, começou a carreira há dois anos e atuava na Delegacia Regional de Valadares. Ele já havia prestado serviço para a Polícia Civil em Minas Novas. De acordo com o delegado, quando o detetive for preso, ele ficará detido na Casa do Policial Civil, no bairro Horto, região Leste de Belo Horizonte.
O envolvimento do agente de polícia foi descoberto na madrugada de ontem e equipes da Delegacia Regional de Valadares fizeram buscas na casa dele, mas nada foi encontrado. Na residência do soldado Costa, além da pistola de trabalho do policial civil, um revólver e uma garrucha, a polícia encontrou munição das armas escondida no telhado da residência.
Dois ocupantes do carro baleado pelo trio de policiais saíram ilesos do ataque. "O alvo não foi atingido e apuramos que o policial teve divergências com ele no bairro Santa Terezinha, mas todas as circunstâncias da briga ainda estão sob investigação", afirmou o delegado Ailton Lacerda. Os soldados se reservaram no direito de se manifestarem sobre o caso somente em juízo. (KA)
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